Além da comitiva oficial do governo, cerca de 200 empresários brasileiros também participarão do Fórum Empresarial Chile-Brasil, que ocorre simultaneamente à visita do presidente. A embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, destacou que essa visita representa a reaproximação diplomática entre os dois países, principalmente após a posse de Gabriel Boric, em março deste ano.
Durante um briefing realizado pelo Ministério das Relações Exteriores, Padovan ressaltou a importância de ampliar a agenda bilateral com o Chile, abrangendo questões além do aspecto econômico, como defesa, segurança, inovação e direitos humanos. O Brasil está interessado em discutir temas envolvendo a indústria de defesa e ampliar a exportação de produtos agropecuários para o Chile. Por sua vez, o Chile busca debater assuntos relacionados à segurança, combate ao crime e segurança cibernética.
A visita de Lula ao Chile também prevê a assinatura de 17 acordos em diversas áreas, como saúde pública, meio ambiente, direitos humanos, comércio, investimentos, mineração e turismo. A relação entre Brasil e Chile já conta com 188 anos de parceria e mais de 90 acordos bilaterais em vigor. O Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do Chile e o maior destino dos investimentos chilenos em todo o mundo, com destaque para setores como celulose, varejo e energia.
O intercâmbio comercial entre os dois países atinge aproximadamente US$ 12 bilhões por ano, evidenciando a importância da visita de Lula ao Chile para fortalecer ainda mais os laços entre as nações. A expectativa é que essa visita contribua significativamente para promover o desenvolvimento econômico, social e tecnológico de ambos os países, consolidando uma parceria sólida e duradoura.
