Com esse resultado, a indústria nacional encontra-se 2,8% acima do patamar pré-pandemia de fevereiro de 2020. No entanto, ainda está 14,3% abaixo do ponto máximo alcançado em maio de 2011. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 3,2%, sendo esse o maior registro para o mês de junho desde 2020, quando a produção avançou 10%.
No acumulado do primeiro semestre, a atividade industrial brasileira apresenta uma expansão de 2,6%, enquanto nos últimos 12 meses o desempenho positivo é de 1,5%. O gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, destacou que o resultado expressivo de junho se deve não apenas à base de comparação favorável, mas também à retomada da produção em unidades que foram afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul nos meses anteriores.
Das 25 atividades industriais analisadas pelo IBGE, 16 apresentaram desempenho positivo, com destaque para a produção de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (4%), produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%). O setor de produtos alimentícios, que representa 15% da atividade industrial brasileira, teve um avanço de 2,7%, impulsionado pela alta na produção de açúcar, derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves.
Na indústria extrativa, que registrou um aumento de 2,5%, os principais produtos que contribuíram para esse crescimento foram o minério de ferro e o petróleo. Esse cenário positivo na produção industrial brasileira reflete uma certa recuperação do setor após os impactos causados pela pandemia e pelas adversidades climáticas.