Os policiais respondem por homicídio qualificado e lesão corporal, por dolo eventual. Dos 13 policiais originalmente envolvidos no processo, apenas 12 seguem sendo julgados, pois um deles teve seu processo suspenso. A audiência de instrução é uma etapa crucial no processo, pois é nela que será decidido se os policiais serão levados a júri popular.
Ao todo, 22 testemunhas foram arroladas pela defesa dos policiais, sendo que cinco já foram ouvidas em uma audiência anterior. O Tribunal de Justiça de São Paulo ainda não definiu uma nova data para a continuação das audiências. As testemunhas de acusação também já foram ouvidas em três audiências de instrução anteriores.
Após essa fase de instrução, será a vez dos réus serem interrogados. O episódio do Massacre de Paraisópolis chocou a população, com a morte de jovens como Gustavo Cruz Xavier, Denys Henrique Quirino da Silva e Marcos Paulo de Oliveira Santos, todos com idades entre 14 e 23 anos.
A versão da Polícia Militar de que as vítimas teriam sido pisoteadas durante uma reação a um suposto ataque de criminosos é contestada pelas famílias das vítimas. Este caso levanta discussões sobre a atuação policial em comunidades e a necessidade de se estabelecer responsabilidades em situações tão delicadas como essa.
O desenrolar desse processo continuará gerando repercussões e exigindo respostas para as famílias das vítimas e para a sociedade como um todo. Este é um caso que coloca em evidência a importância da transparência e da justiça na apuração de fatos tão impactantes para a comunidade.