A decisão do TSJ foi tomada após aceitar um recurso apresentado pelo presidente Nicolás Maduro, solicitando uma perícia técnica de todo o processo eleitoral. A solicitação inclui a apresentação das atas e documentos em posse de todos os partidos, contendo os dados das mais de 30 mil mesas de votação. A sala eleitoral do tribunal venezuelano afirmou que o objetivo é certificar de forma irrestrita os resultados do processo eleitoral e garantir a transparência e legitimidade do pleito.
Desde a divulgação dos resultados pela oposição, que apontam a vitória do candidato Edmundo González, países como Brasil, México e Colômbia têm pedido a publicação dos dados desagregados e evitam reconhecer o resultado antes de uma auditoria oficial. Os Estados Unidos, com base nos dados divulgados pela oposição, reconheceram a vitória da oposição, enquanto a oposição, observadores internacionais e diversos países questionam os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral.
Segundo a lei eleitoral da Venezuela, o CNE tem 30 dias para publicar os resultados no Diário Oficial do país. No entanto, as auditorias previstas para após a votação ainda não foram realizadas, pois o poder eleitoral alegou um ataque cibernético que atrasou os trabalhos.
Diante da controvérsia em torno dos resultados eleitorais, o processo de investigação e verificação convocado pelo TSJ será fundamental para esclarecer a situação e garantir a legitimidade do novo presidente venezuelano. A tensão política no país permanece alta, com diferentes atores políticos e países aguardando um desfecho transparente e legítimo para as eleições presidenciais.