Segundo a Opas, a febre do Oropouche tem se manifestado de forma leve a moderada na maioria dos casos, com sintomas que geralmente se resolvem em sete dias. No entanto, complicações como meningite séptica foram documentadas e, recentemente, dois casos fatais associados à doença foram reportados no Brasil. A transmissão vertical do vírus também está sob investigação, com relatos de casos de morte fetal e microcefalia em recém-nascidos.
A propagação da febre do Oropouche tem sido observada em diversos países das Américas, com o Brasil liderando o número de casos confirmados. A transmissão autóctone da doença tem sido registrada em estados fora da região amazônica, indicando uma possível expansão do vírus. A Opas alerta para o aumento do risco de propagação de vetores e destaca a importância de medidas para controlar a disseminação da doença.
Desde sua identificação em 1955, o vírus da febre do Oropouche tem causado surtos em países da América do Sul, principalmente devido à presença de vetores como o Culicoides paraensis. Com as mudanças climáticas, desmatamento e urbanização descontrolada, o risco de transmissão da doença está aumentando. Até o momento, não há evidências de transmissão do vírus entre humanos, mas a Opas recomenda ações para prevenir a propagação da febre do Oropouche e proteger a saúde da população.