A decisão do TSJ, emitida na última sexta-feira (2), estabeleceu um prazo de 3 dias úteis para que o Poder Eleitoral apresente as atas de escrutínio das mesas eleitorais em nível nacional, assim como a ata de totalização definitiva do processo eleitoral, a ata de adjudicação e a ata de proclamação do processo. Além disso, o TSJ solicitou ao CNE todos os elementos de prova associados ao ataque cibernético denunciado.
Essa ação do TSJ é resultado de um recurso apresentado pelo presidente Nicolás Maduro, que busca que o Judiciário do país investigue todos os eventos relacionados à eleição presidencial. Em uma audiência convocada pelo TSJ, o principal candidato opositor, Edmundo González, não compareceu, alegando que cabia ao CNE garantir a transparência e confiabilidade dos processos eleitorais.
No entanto, o governo de Maduro denunciou que parte das atas eleitorais publicadas pela oposição na internet são falsas e que representam uma tentativa de fraude. Autoridades chavistas afirmaram que mais de 9 mil atas estariam sem os dados completos e que seriam forjadas pela ultradireita venezuelana. Essas atas foram utilizadas pela oposição para reivindicar a vitória de Edmundo González, mesmo sem a realização de uma auditoria oficial pelo CNE.
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e chefe de campanha de Maduro, Jorge Rodríguez, classificou essa situação como uma “grande farsa” e reiterou a importância da transparência e da veracidade dos documentos eleitorais. Essa controvérsia em torno das atas eleitorais gera incertezas e alimenta o debate político acirrado no país. O desfecho desse impasse dependerá das investigações do Judiciário e da verificação da autenticidade das atas apresentadas.
