BRASIL – Oposição denuncia prisão arbitrária de líder política na Venezuela, enquanto governo de Maduro justifica ações contra “terroristas” e “ameaças”.

Na noite da última terça-feira (6), lideranças da oposição na Venezuela e organizações de direitos humanos se pronunciaram sobre a prisão de María Oropeza, dirigente da campanha eleitoral de Edmundo González no estado de Portuguesa. Enquanto isso, o governo de Nicolás Maduro justificou as mais de 2 mil prisões recentes, alegando que se tratam de “terroristas” que estão atacando prédios públicos, forças policiais e líderes chavistas.

De acordo com as denúncias dos opositores, a prisão de María Oropeza teria ocorrido sem decisão judicial, não havendo confirmação oficial por parte das autoridades do país até o momento. A ONG venezuelana de direitos humanos Provea divulgou um vídeo nas redes sociais mostrando o momento da prisão da dirigente, no qual policiais são vistos forçando a entrada em sua casa e solicitando seu celular.

A Provea afirmou que a prisão de Oropeza faz parte da política de perseguição e repressão do Estado venezuelano, caracterizando-a como um crime contra a humanidade. Entretanto, o governo de Maduro tem rebatido as acusações, justificando as ações policiais como necessárias para conter supostos atos de terrorismo e violência por parte dos opositores.

Diversas organizações internacionais e países têm denunciado a Venezuela por suposto uso excessivo da força e repressão política contra manifestantes que questionam os resultados das eleições presidenciais. A Provea e a Federação Internacional dos Direitos Humanos indagaram as ações policiais dos últimos dias que resultaram em mortes, detenções arbitrárias e desaparecimentos.

Em meio a esse cenário tenso, Maduro reforçou sua retórica, classificando os detidos como “terroristas” e defendendo as prisões como necessárias para garantir a ordem pública. O presidente venezuelano comparou a situação do país com a suposta repressão nos Estados Unidos em casos de ameaça contra o presidente, ressaltando a diferença na abordagem das autoridades.

A “Operação Tun Tun”, nome dado à ação policial do governo, tem sido alvo de críticas e questionamentos por parte das organizações de direitos humanos, que alegam violações graves dos direitos fundamentais dos cidadãos. A situação na Venezuela continua sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, que exige respeito aos direitos humanos e à democracia no país.

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