De acordo com as denúncias dos opositores, a prisão de María Oropeza teria ocorrido sem decisão judicial, não havendo confirmação oficial por parte das autoridades do país até o momento. A ONG venezuelana de direitos humanos Provea divulgou um vídeo nas redes sociais mostrando o momento da prisão da dirigente, no qual policiais são vistos forçando a entrada em sua casa e solicitando seu celular.
A Provea afirmou que a prisão de Oropeza faz parte da política de perseguição e repressão do Estado venezuelano, caracterizando-a como um crime contra a humanidade. Entretanto, o governo de Maduro tem rebatido as acusações, justificando as ações policiais como necessárias para conter supostos atos de terrorismo e violência por parte dos opositores.
Diversas organizações internacionais e países têm denunciado a Venezuela por suposto uso excessivo da força e repressão política contra manifestantes que questionam os resultados das eleições presidenciais. A Provea e a Federação Internacional dos Direitos Humanos indagaram as ações policiais dos últimos dias que resultaram em mortes, detenções arbitrárias e desaparecimentos.
Em meio a esse cenário tenso, Maduro reforçou sua retórica, classificando os detidos como “terroristas” e defendendo as prisões como necessárias para garantir a ordem pública. O presidente venezuelano comparou a situação do país com a suposta repressão nos Estados Unidos em casos de ameaça contra o presidente, ressaltando a diferença na abordagem das autoridades.
A “Operação Tun Tun”, nome dado à ação policial do governo, tem sido alvo de críticas e questionamentos por parte das organizações de direitos humanos, que alegam violações graves dos direitos fundamentais dos cidadãos. A situação na Venezuela continua sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, que exige respeito aos direitos humanos e à democracia no país.