Em comparação com o mês anterior, junho, os números revelam que foram aplicados R$ 370,3 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 371,2 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,4 bilhões, com um saldo total na poupança acima de R$ 1 trilhão.
A queda no saldo da poupança em julho contrasta com o resultado positivo de R$ 12,8 bilhões no mês anterior, mostrando uma variação significativa. No entanto, em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma melhora, já que em julho de 2023 os saques superaram os depósitos em R$ 3,6 bilhões.
No acumulado do ano, a poupança registra um resgate líquido de R$ 3,7 bilhões, refletindo a situação financeira dos brasileiros em meio a um cenário econômico instável. A alta taxa básica de juros, a Selic, é apontada como um dos motivos para a saída de recursos da poupança, já que os investidores buscam aplicações que ofereçam melhor rentabilidade.
Em 2023, a caderneta de poupança teve um resgate líquido de R$ 87,8 bilhões, demonstrando a preferência por investimentos mais lucrativos diante do cenário de alta inflação e endividamento. Apesar disso, o resultado foi melhor do que o registrado em 2022, quando a fuga de recursos foi recorde, atingindo R$ 103,2 bilhões.
A manutenção da Selic em patamares elevados por um longo período acabou incentivando os investidores a buscar alternativas mais rentáveis para seus recursos. Com a possibilidade de novos aumentos na taxa de juros, a tendência é que a caderneta de poupança continue enfrentando desafios para atrair e manter recursos dos brasileiros.