De acordo com informações divulgadas, foram instalados 98 pontos de internet nas áreas indígenas de Roraima e do Amazonas, além do envio de 106 computadores específicos para o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei). Essas medidas buscam modificar o fluxo de atendimento na região, oferecendo mais opções de tratamento e acesso a especialidades médicas que muitas vezes são escassas devido às dificuldades de contratação de profissionais para regiões remotas.
Uma questão cultural relevante apontada é a dificuldade dos Yanomami em deixar seus territórios devido a questões relacionadas à alimentação e aos rituais. A telessaúde surge como uma solução para superar esses obstáculos, ampliando a oferta de serviços de saúde na região e fortalecendo a coleta de dados sobre vacinação, adoecimentos, tratamentos realizados, óbitos e outros indicadores de saúde específicos desse povo indígena.
Dados recentes do Comitê de Operações Emergenciais Yanomami revelam uma redução no número de óbitos no território no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa diminuição é atribuída à melhoria no atendimento médico e na disponibilidade de recursos de saúde.
A população Yanomami, que possui a maior terra indígena do Brasil, com mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas, tem enfrentado desafios decorrentes do garimpo ilegal na região. O Ministério da Saúde tem investido desde janeiro de 2023 para mitigar os impactos negativos causados por essa atividade ilegal.
Essas iniciativas têm como objetivo principal melhorar a qualidade de vida e promover a saúde integral dos indígenas Yanomami, garantindo o acesso a serviços de saúde essenciais e especializados, sem que precisem se afastar de suas tradições e território.
