A greve foi aprovada após os rodoviários recusarem as propostas das empresas de ônibus, que ofereciam apenas 0,5% de aumento real, enquanto a categoria pedia 5% além da reposição da inflação. Além disso, a oferta de aumentar o valor do vale-alimentação de R$ 366 para R$ 400 foi considerada insatisfatória pelo sindicato dos trabalhadores.
O sindicato dos rodoviários lamentou a falta de avanços nas negociações com as empresas de transporte de passageiros e destacou a necessidade da implementação de um plano de saúde para a categoria. Diante da paralisação, o Grande Recife Consórcio de Transportes solicitou à Justiça para garantir uma frota mínima de ônibus circulando durante a greve.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região determinou que o sindicato dos rodoviários garanta a circulação de pelo menos 60% dos ônibus durante os horários de pico e 40% nos demais horários, sob pena de multas diárias de R$ 30 mil. Uma audiência de conciliação foi agendada para tentar resolver o impasse entre as partes.
O sindicato dos rodoviários enfatizou a importância da participação do governo de Pernambuco nas negociações, alegando que o Estado já destinou mais de R$348 milhões aos empresários do setor. Para a categoria, a mediação do governo estadual é fundamental para chegar a uma solução satisfatória para ambas as partes.
Enquanto a greve persiste, os usuários do transporte público na região metropolitana do Recife sofrem com a falta de ônibus em circulação e aguardam um desfecho nas negociações entre os trabalhadores rodoviários e as empresas de ônibus. O impasse segue sem previsão de resolução, deixando a população em meio a uma situação delicada e incerta.