BRASIL – Greve dos ônibus em Recife: Rodoviários mantêm paralisação pelo segundo dia consecutivo, deixando 1,2 milhão de usuários sem transporte

Na região metropolitana do Recife, a segunda-feira (12) e a terça-feira (13) foram marcadas por uma paralisação dos ônibus intermunicipais, deixando parte dos 1,2 milhão de usuários do sistema sem transporte público. Os trabalhadores rodoviários estão em greve, reivindicando aumento salarial e o fim do controle das jornadas de trabalho por GPS.

A greve foi aprovada após os rodoviários recusarem as propostas das empresas de ônibus, que ofereciam apenas 0,5% de aumento real, enquanto a categoria pedia 5% além da reposição da inflação. Além disso, a oferta de aumentar o valor do vale-alimentação de R$ 366 para R$ 400 foi considerada insatisfatória pelo sindicato dos trabalhadores.

O sindicato dos rodoviários lamentou a falta de avanços nas negociações com as empresas de transporte de passageiros e destacou a necessidade da implementação de um plano de saúde para a categoria. Diante da paralisação, o Grande Recife Consórcio de Transportes solicitou à Justiça para garantir uma frota mínima de ônibus circulando durante a greve.

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região determinou que o sindicato dos rodoviários garanta a circulação de pelo menos 60% dos ônibus durante os horários de pico e 40% nos demais horários, sob pena de multas diárias de R$ 30 mil. Uma audiência de conciliação foi agendada para tentar resolver o impasse entre as partes.

O sindicato dos rodoviários enfatizou a importância da participação do governo de Pernambuco nas negociações, alegando que o Estado já destinou mais de R$348 milhões aos empresários do setor. Para a categoria, a mediação do governo estadual é fundamental para chegar a uma solução satisfatória para ambas as partes.

Enquanto a greve persiste, os usuários do transporte público na região metropolitana do Recife sofrem com a falta de ônibus em circulação e aguardam um desfecho nas negociações entre os trabalhadores rodoviários e as empresas de ônibus. O impasse segue sem previsão de resolução, deixando a população em meio a uma situação delicada e incerta.

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