BRASIL – Ataque cibernético do exterior prejudica Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, justificando atraso na divulgação dos resultados – autoridades confirmam.

Suposto ataque cibernético prejudica Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela segue com sua página oficial na internet fora do ar devido a um suposto ataque cibernético vindo do exterior, segundo autoridades venezuelanas. A justificativa do CNE e do governo para o atraso na divulgação dos dados detalhados da eleição de 28 de julho tem sido essa alegação de ciberataque.

De acordo com as autoridades do país, os ataques partiram principalmente da Macedônia do Norte, país do leste europeu, e atingiram a marca de 30 milhões por minuto. A ministra da Ciência e Tecnologia da Venezuela, Gabriela Jiménez, apresentou um balanço sobre o suposto ataque hacker, apontando que 25 instituições venezuelanas foram prejudicadas, incluindo a estatal petrolífera PDVSA, empresas de comunicação e telecomunicações, além do sistema eleitoral.

Os ataques foram classificados em 65% como tentativas de derrubar serviços na internet e 17% como roubo de informações. O CNE entregou os dados do ataque ao Tribunal Supremo de Justiça (STJ) após uma investigação ser aberta a pedido do governo Maduro. A presidente do STJ, Caryslia Rodríguez, afirmou que será feita uma perícia para analisar o ataque cibernético.

Diversas empresas, incluindo a Netscout Systems dos Estados Unidos, corroboraram parcialmente a versão do governo venezuelano, relatando um aumento nos ataques DDoS contra alvos na Venezuela logo após a eleição. Porém, a chefe da missão de observação do Centro Carter, Jennie Lincoln, contestou a existência do ataque cibernético, alegando não haver evidências.

Especialistas de tecnologia da informação ressaltaram a importância de analisar os dados com mais detalhes e transparência para confirmar a veracidade e a dimensão do ataque. A auditoria das telecomunicações do CNE, suspensa após a eleição, poderia esclarecer a situação. A falta de informações detalhadas e a discordância entre as partes envolvidas tornam o caso ainda mais complexo e controverso.

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