BRASIL – OMS prorroga recomendações para combate à mpox na África por mais um ano, alerta sobre aumento de casos e novas variantes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prorrogou, por mais um ano, uma série de recomendações para a luta contra a mpox na África. O anúncio foi feito durante a abertura do comitê de emergência que avalia a epidemia da doença na região, pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta quarta-feira (14).

O diretor-geral da OMS lembrou que a República Democrática do Congo tem registrado casos da doença por mais de uma década, com um aumento consistente no número de novas infecções ao longo dos anos. Em 2024, o país já contabilizou mais de 14 mil casos notificados e 524 mortes, superando os números de todo o ano passado.

A rápida propagação da variante 1b na República Democrática do Congo, principalmente por vias sexuais, e a detecção de casos dessa variante em países vizinhos foi apontada como um fator preocupante pelo diretor-geral da OMS. Dados indicam que cerca de 90 casos da variante 1b foram reportados em países vizinhos que nunca tinham registrado a doença, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda.

A OMS alertou para uma variante mais perigosa da mpox na África Central, com uma taxa de letalidade que chega a mais de 10% entre crianças pequenas. A organização publicou um documento oficial solicitando aos fabricantes de vacinas contra a doença que submetam pedidos de análise para o uso emergencial das doses, visando acelerar o acesso às vacinas.

A mpox é uma doença zoonótica viral, e a transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais infectados, pessoas infectadas e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, calafrios e fraqueza, podendo afetar diversas regiões do corpo.

A decisão da OMS de prorrogar as recomendações para o combate à mpox na África reforça a importância de medidas preventivas e estratégias de saúde pública para conter a epidemia da doença no continente. A rápida disseminação de variantes mais perigosas e a necessidade de vacinação em larga escala são desafios que exigem uma resposta coletiva e coordenada para garantir a segurança da população africana.

Botão Voltar ao topo