A tensão aumentou quando os estudantes resolveram estender a ocupação também ao Pavilhão João Lyra Filho, principal prédio do campus Maracanã, montando barricadas para impedir o acesso ao local. O conflito atingiu seu ápice durante a desocupação do pavilhão, com relatos de truculência por parte dos servidores e seguranças envolvidos, enquanto a universidade afirma que o processo foi pacífico.
Em comunicados oficiais, a reitoria da Uerj classificou as ações dos estudantes como “inaceitáveis” e determinou a abertura de sindicância para apuração dos fatos. Posteriormente, as aulas foram suspensas na universidade nesta quinta-feira, diante da situação de conflito no campus.
Os estudantes, em comunicações nas redes sociais, relataram a truculência empregada pelos seguranças na desocupação, destacando a situação de vulnerabilidade social de muitos ocupantes. Em nota oficial, a Uerj informou que aproximadamente 40 estudantes continuam ocupando apenas a área da Reitoria da Uerj, no campus Maracanã, ressaltando a retirada pacífica das barreiras das entradas do local.
As demandas dos estudantes envolvem, principalmente, a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024, que estabelece mudanças nos critérios para a concessão de auxílios e bolsas de assistência estudantil. As novas regras, segundo a Uerj, excluem cerca de 1,2 mil estudantes do programa de benefícios, gerando insatisfação e protestos por parte dos alunos afetados.
Em meio ao impasse, a universidade busca o diálogo com os estudantes ocupantes, mas ainda não há definição sobre os próximos passos a serem tomados. A situação permanece delicada e sob análise, com a comunidade acadêmica aguardando desdobramentos nas negociações em andamento.