Macêdo ressaltou que a questão da tributação das grandes fortunas já está presente nas discussões da sociedade civil organizada e nos grupos de engajamento. Ele enfatizou que a concentração de riqueza em poucas mãos, enquanto milhões de pessoas passam fome ao redor do mundo, não pode mais ser tolerada. Nesse sentido, a tributação dos super-ricos pode ser uma ferramenta crucial para combater a desigualdade e a fome.
A presidência brasileira no G20 tem como uma das prioridades a discussão sobre a tributação das grandes fortunas e, no último mês, a Trilha de Finanças do G20 aprovou a declaração final mencionando a taxação dos super-ricos. O Brasil defende a coordenação entre os países para estabelecer um imposto mínimo sobre as grandes fortunas, mas enfrenta resistências, como a da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.
O ministro Márcio Macêdo também ocupa a função de coordenador do G20 Social, grupo composto por representantes de diversas organizações. Ele destacou que a pauta da tributação dos super-ricos está sendo abordada sob diferentes perspectivas, como por exemplo nos debates do Y20. A inovação da presidência brasileira em permitir a participação da sociedade civil na construção das definições do G20 Social é vista como um fortalecimento da democracia direta.
No contexto da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro em novembro, a tributação das grandes fortunas continua sendo um tema central de discussão, com a possibilidade de influenciar as decisões e políticas globais. A participação ativa da sociedade civil, mediante a apresentação de propostas e debates construtivos, é essencial para encontrar soluções eficazes para as questões relacionadas à desigualdade e à concentração de riqueza.