Questionado sobre as declarações de líderes de outros países, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ainda não reconheceu a vitória de Maduro, o presidente venezuelano se limitou a dizer que cada país deve lidar com seus assuntos internos sem interferência externa. Da mesma forma, ele rejeitou a pretensão dos Estados Unidos de se tornarem a autoridade eleitoral da Venezuela, destacando as acusações de fraude nas eleições americanas e brasileiras, feitas por Donald Trump e Jair Bolsonaro, respectivamente.
Enquanto líderes como Lula e o presidente colombiano, Gustavo Petro, pedem a divulgação dos dados detalhados por mesa de votação para reconhecer a legitimidade das eleições venezuelanas, o presidente mexicano, López Obrador, afirmou que aguardará a decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, que está realizando uma perícia do material eleitoral disponibilizado.
A oposição venezuelana e alguns países também questionam a reeleição de Maduro, alegando que o Poder Eleitoral não tem disponibilizado os dados por mesa de votação e suspendeu as auditorias previstas para depois do pleito. A questão foi levada à Suprema corte venezuelana, que deve divulgar uma decisão nos próximos dias.
Diante de todo esse cenário, Nicolás Maduro reiterou sua posição de que as questões eleitorais da Venezuela serão resolvidas internamente, respeitando a Constituição e as instituições do país. A polêmica em torno da eleição presidencial continua e o desfecho do impasse parece estar cada vez mais próximo.