BRASIL – Governo federal e estados da Amazônia Legal montarão frentes de combate aos incêndios florestais em três regiões prioritárias.

O Brasil enfrenta uma das piores crises de queimadas e incêndios florestais na região da Amazônia. Diante desse cenário alarmante, o governo federal em conjunto com os governos dos estados da Amazônia Legal anunciaram a criação de frentes de atuação em áreas críticas. Essa medida foi divulgada após uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, que contou com a participação de governadores e representantes de nove estados da região amazônica, além do Mato Grosso do Sul.

De acordo com o secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, a ação visa combater as novas ignições de incêndio. As regiões prioritárias identificadas para a instalação das frentes multiagências são Porto Velho, em Rondônia, até Humaitá, no Amazonas, passando pela BR-319; Apuí, no Amazonas, pela BR-230, a Rodovia Transamazônica; e Novo Progresso, no oeste do Pará, abrangida pela BR-163.

O governo já mobilizou cerca de 360 frentes de incêndios no Norte do país, com mais de 1,4 mil brigadistas atuando na região. Desde o início do ano, foram registrados mais de 59 mil focos de incêndio na Amazônia, o maior número desde 2010. A fumaça das queimadas tem atingido cidades de dez estados, comprometendo a qualidade do ar e gerando preocupações com a saúde da população.

As frentes de combate aos incêndios serão organizadas nas próximas semanas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman). A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a importância da atuação conjunta entre governo federal e estadual para combater os incêndios ilegais na região. Ela destacou a participação da Polícia Federal nas investigações para punir os responsáveis por esses atos criminosos.

Com o aumento dos esforços para conter as queimadas, o governo espera reduzir as novas ignições ilegais e garantir a preservação da floresta amazônica. A população e o meio ambiente dependem dessas ações para proteger esse importante bioma e combater a destruição causada pelas chamas.

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