A relatora do caso, deputada Jack Rocha, do Partido dos Trabalhadores do Espírito Santo, concluiu seu voto e protocolou o parecer nesta segunda-feira (19). No entanto, o documento ainda está sob sigilo e só será conhecido durante a reunião da próxima semana. Rocha foi escolhida como relatora após outros quatro parlamentares desistirem de relatar o caso após terem sido sorteados em listas tríplices.
No último dia 18 de junho, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus os cinco acusados pelo assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes em 2018, o que inclui o deputado Chiquinho Brazão. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Chiquinho e seu irmão Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, integravam uma milícia no Rio de Janeiro e teriam planejado o assassinato da vereadora devido à sua posição contrária a um projeto de regularização de terras.
Em uma videoconferência realizada no Conselho de Ética no dia 16 de julho deste ano, Chiquinho Brazão negou qualquer envolvimento no crime, alegando ser vítima de uma acusação falsa. Ele está detido desde março, acusado de obstrução de Justiça. O processo no Conselho de Ética pode resultar na cassação do mandato do deputado, sendo necessária a aprovação da relatora, do colegiado e posteriormente do plenário da Câmara dos Deputados. Na última votação, em abril de 2024, a prisão de Chiquinho Brazão foi mantida com 277 votos a favor, 129 contra e 28 abstenções.