A declaração também menciona que Brasil e Colômbia “tomaram nota” da decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, que ratificou a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho. No entanto, a nota não reconhece esse resultado e reitera a espera pela divulgação das atas desagregadas pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.
A não publicação dos dados por mesa de votação tem gerado questionamentos sobre a legitimidade do resultado anunciado e tem sido alvo de críticas dentro e fora da Venezuela. A oposição afirma ter em mãos atas que indicam a vitória do opositor Edmundo González, enquanto o governo venezuelano acusa a oposição de promover atos de violência e conspirar contra os resultados eleitorais.
A declaração conjunta de Lula e Petro também faz um apelo para evitar atos de violência e repressão, além de criticar a imposição unilateral de sanções à Venezuela por parte de outros países. Este posicionamento dos presidentes brasileiro e colombiano surge em meio à rejeição da decisão do Supremo venezuelano por parte de Estados Unidos e outros 10 países da América Latina.
No contexto das tensões pós-eleitorais na Venezuela, o Ministério Público do país abriu uma investigação para apurar a conduta dos opositores ao governo de Maduro. Enquanto a oposição denuncia prisões arbitrárias e violações aos direitos humanos, o governo afirma estar combatendo grupos criminosos que atacam prédios públicos e autoridades chavistas. A situação na Venezuela permanece delicada e a comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos.