ALAGOAS – Semana de mobilização nacional de coleta de DNA renova esperança para famílias em busca de entes queridos desaparecidos.

Na tarde desta segunda-feira, dia 26 de agosto de 2024, famílias de todo o Brasil renovam a esperança na semana de mobilização nacional de coleta de DNA. A campanha tem como objetivo ampliar a busca por pessoas com paradeiro desconhecido e elucidar crimes que estão em aberto.

Um dos casos que chamou a atenção durante a mobilização foi o de Marcelo Domingos, um auxiliar de carpintaria que procura pelo irmão desaparecido há mais de dois anos. Seu irmão, Marcio Santos, de 41 anos, saiu para trabalhar na coleta de capim-sapé no município de Flexeiras e, após uma crise emocional, desapareceu sem deixar rastros. A família realizou boletim de ocorrência e diversas buscas foram feitas, mas sem sucesso em encontrá-lo.

Marcelo Domingos relatou todo o sofrimento que sua família tem passado desde o desaparecimento de seu irmão. Ele destacou que a mobilização nacional trouxe de volta a esperança de encontrá-lo, seja com vida ou morto. Marcelo foi o primeiro a comparecer ao IML de Maceió para participar da coleta de DNA, que faz parte da ação coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. A coleta é rápida, prática e indolor, e os perfis genéticos obtidos serão inseridos na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) para confronto com amostras genéticas de pessoas desaparecidas.

A delegada Rosimeire Freire, autoridade central do projeto Desaparecidos em Alagoas, explicou que a campanha será realizada em três etapas, utilizando técnicas de identificação genética e papiloscópica. A segunda etapa está prevista para o próximo mês, com foco no recolhimento de impressões digitais e material genético de pessoas vivas com identidade desconhecida. Já a terceira etapa irá pesquisar impressões digitais de pessoas não identificadas nos bancos de biometrias estaduais.

Dados da Senasp apontaram que somente este ano, até julho, foram registrados 375 casos de pessoas desaparecidas em Alagoas, com uma média de 2 pessoas desaparecidas por dia. A perita-geral da Polícia Científica, Rosana Coutinho, destacou a importância da colaboração das famílias na doação de DNA, ressaltando que esse esforço coletivo pode trazer respostas e auxiliar na resolução de crimes.

Além do IML de Maceió, a coleta de DNA está sendo realizada no IML do Agreste, em Arapiraca, com atendimento das 8h às 18h. A semana de mobilização nacional de coleta de DNA é uma oportunidade única para as famílias que buscam por seus entes queridos desaparecidos, e a colaboração de todos é fundamental para aumentar as chances de encontrar respostas e promover a justiça.

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