De acordo com os pesquisadores envolvidos no estudo, essa meta é fundamental para que o planeta consiga manter o aumento da temperatura global dentro dos limites seguros e mitigar os impactos das mudanças climáticas. Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, ressaltou a importância de considerar tanto a justiça climática quanto a viabilidade técnica na definição dessas metas ambiciosas.
A divulgação desses dados ocorreu durante a terceira contribuição do Observatório do Clima para a proposta de meta climática que o Brasil apresentará na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Belém do Pará. O país, que é o sexto maior emissor de gases do efeito estufa, tem compromissos estabelecidos dentro do Acordo de Paris e deverá apresentar sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) até fevereiro de 2025, de acordo com as diretrizes estabelecidas.
Para alcançar a meta proposta pelo estudo, os pesquisadores sugerem medidas como o desmatamento zero até 2030, a recuperação de 21 milhões de hectares de vegetação nativa, a transição para fontes de energia limpa, a promoção de práticas agrícolas sustentáveis e a adequada gestão dos resíduos no país. Essas ações são essenciais para que o Brasil possa contribuir de forma significativa para a redução das emissões e conter os impactos das mudanças climáticas.
A divulgação dessas informações tem como objetivo pressionar os gestores públicos e a sociedade em geral a adotar medidas mais ambiciosas e efetivas no combate às mudanças climáticas. O estudo reforça a necessidade de uma ação urgente e coordenada de todos os setores da sociedade para garantir um futuro sustentável e seguro para as gerações futuras.