BRASIL – Setor de serviços não financeiros atinge recorde histórico de 14,2 milhões de ocupados em 2022, revela pesquisa do IBGE.

O setor de serviços não financeiros registrou um recorde em 2022, com um contingente de 14,2 milhões de pessoas ocupadas, segundo dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28). Esse número representa um aumento de 13,9% em relação a 2013 e uma evolução de 5,8% em comparação com 2021, resultando em 773,1 mil pessoas a mais empregadas.

Entre as 34 atividades analisadas, cinco se destacaram, concentrando quase metade das pessoas ocupadas no setor. Os setores de Serviços de alimentação, Serviços técnico-profissionais, Transporte rodoviário de cargas, Serviços para edifícios e atividades paisagísticas, e Serviços de escritório e apoio administrativo foram os mais representativos.

Marcelo Miranda, analista da PAS, ressaltou a importância do setor de serviços no país, destacando que as 14,2 milhões de pessoas ocupadas receberam um total de R$ 518 bilhões em salários e remunerações. Além disso, as empresas geraram uma receita operacional líquida de R$ 2,7 trilhões e um valor adicionado bruto de R$ 1,5 trilhão.

Apesar do crescimento de 10,3% no volume de mão de obra entre 2019 e 2022, o segmento de Serviços prestados principalmente às famílias registrou uma redução de 3,2%, com 92,4 mil empregos a menos devido ao impacto da pandemia. No entanto, o setor vem apresentando sinais de recuperação nos últimos anos.

A atividade de Serviços técnico-profissionais foi a que teve o maior aumento no emprego em 2022, com um crescimento de 166,1 mil pessoas. No acumulado de 2019 a 2022, foram 353,8 mil pessoas a mais ocupadas nessa área.

A PAS analisa a atividade em diferentes segmentos do setor de serviços e destaca as mudanças estruturais e as grandes alterações que ocorreram ao longo do tempo. A pesquisa não restringe seus questionamentos a efeitos de causalidade, focando em análises numéricas e apresentando as variáveis relevantes.

Nas regiões do país, a pesquisa revelou diferenças nos salários médios e na distribuição da receita do setor. O Sudeste concentrou a maior parte da receita bruta de serviços em 2022, enquanto o Nordeste manteve os menores salários médios.

Para o IBGE, o desempenho do setor de serviços em 2022 refletiu os indicadores macroeconômicos, como a diminuição do desemprego e o crescimento do PIB. A intensificação da atividade econômica pós-pandemia e o avanço de setores como Transportes e Tecnologia da Informação contribuíram para os resultados positivos do setor de serviços.

Botão Voltar ao topo