BRASIL – Procedimentos estéticos sem qualificação podem causar complicações nos olhos, alerta o Conselho Brasileiro de Oftalmologia em Congresso Nacional.

Recentemente, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia emitiu um alerta sobre os riscos associados aos procedimentos estéticos realizados por profissionais sem qualificação adequada. De acordo com a entidade, diversos procedimentos estéticos, como sessões de ultrassom microfocado, laser CO2, peeling de ácido tricloroacético (ATA) e peeling de fenol, podem resultar em complicações oculares graves, incluindo danos na córnea, na retina, catarata e até glaucoma.

Um exemplo citado pelo Conselho é a aplicação inadequada de ultrassom microfocado, que resultou em um paciente desenvolvendo baixa visão, dor, sensibilidade à luz, aumento da pressão intraocular, glaucoma secundário e, posteriormente, catarata. Portanto, é fundamental que os pacientes estejam cientes dos possíveis riscos envolvidos em procedimentos estéticos nos olhos e busquem a avaliação de um oftalmologista ao apresentar sintomas como dor ocular, fotofobia, fotopsias e vermelhidão nos olhos.

O Conselho ressalta a importância de ser atendido por um profissional devidamente treinado e qualificado, com certificações válidas e licenciamento adequado. Além disso, é crucial verificar se o profissional possui experiência e treinamento específico para o uso das tecnologias e abordagens necessárias, assim como pertence a sociedades médicas reconhecidas na área estética.

Outros cuidados recomendados incluem garantir que os equipamentos estejam corretamente configurados, evitar substâncias agressivas na região dos olhos, personalizar o plano de tratamento de acordo com as necessidades do paciente e realizar uma avaliação oftalmológica prévia para identificar condições pré-existentes que possam ser agravadas pelo procedimento.

Em relação aos procedimentos estéticos invasivos, a Lei do Ato Médico estabelece que apenas profissionais graduados em medicina estão autorizados a realizá-los. O descumprimento da legislação pode expor os pacientes a riscos adicionais, já que profissionais não qualificados podem não saber lidar com complicações ou não ter uma rede de apoio adequada.

Essa questão sobre a realização de procedimentos estéticos por profissionais não qualificados está sendo discutida durante o Congresso Brasileiro de Oftalmologia, promovido pelo CBO entre os dias 4 e 7 de setembro em Brasília. Portanto, a conscientização e a busca por profissionais qualificados são essenciais para garantir a segurança e a eficácia dos procedimentos estéticos nos olhos.

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