Na última quinta-feira (5), um evento na capital paulista reuniu jogadores e ex-jogadores para discutir o Flag, modalidade que fará sua estreia nas Olimpíadas de Los Angeles em 2028. O objetivo do evento foi promover o desenvolvimento social e incentivar a participação das mulheres no esporte. O Flag é uma versão mais acessível do futebol americano, com menos contato físico, onde os atletas carregam bandeiras presas à cintura que devem ser retiradas pelos adversários para parar as jogadas.
Numa ação realizada no dia anterior ao jogo entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers pela NFL no Brasil, ex-jogadores como Derrick Mitchell e Jeremiah Brown lideraram uma atividade de Flag para 100 meninas de projetos sociais. O evento contou com a participação de atletas da Seleção Brasileira Feminina de Flag e da ex-jogadora de basquete e vôlei Shannon Spriggs Murdoch.
Intitulado “Flag! Future Leaders, Active Girls”, o evento foi organizado pela Nossa Arena, uma arena poliesportiva na região da Barra Funda exclusiva para meninas, mulheres e pessoas trans apaixonadas por esportes. Em parceria com o Institute for Sport and Social Justice, a Seleção Brasileira Feminina de Flag Football e a Embaixada e Consulado dos Estados Unidos no Brasil, a atividade teve como propósito elevar a participação feminina na modalidade no país.
A fundadora e presidente da Nossa Arena, Julia Vergueiro, destacou a importância de aproveitar a presença da comunidade esportiva dos Estados Unidos no Brasil para discutir o Flag como uma ferramenta de empoderamento feminino. Para Ashleigh Huffman, do Institute for Sport and Social Justice, o evento é uma oportunidade de preparar o Brasil para as Olimpíadas e promover a inclusão e diversidade.
A comissão técnica da Seleção Brasileira Feminina de Flag, representada por Ingrid Araújo Camargo, explicou que o Flag é uma variação do futebol americano com foco na acessibilidade e facilidade de prática. Apesar de ser um esporte já consolidado no país, com mais de 100 equipes femininas e masculinas, é necessário fomentar a base para que o Brasil se destaque também no cenário internacional do Flag.
Dessa forma, o evento em São Paulo não só promoveu o debate sobre o Flag como uma modalidade inclusiva e socialmente engajada, mas também destacou a importância do esporte como ferramenta de empoderamento e desenvolvimento para as mulheres.