As acusações surgiram após a embaixadora dos Estados Unidos em Honduras, Laura F. Dogu, criticar uma reunião entre autoridades hondurenhas e venezuelanas, levando o governo a suspender um tratado de extradição com os EUA. A diretora do Conselho Nacional Anticorrupção de Honduras pediu a renúncia de Xiomara, alegando ligações de seu círculo familiar com o narcotráfico, sem apresentar provas.
O ex-presidente Manuel Zelaya, esposo de Xiomara, repudiou as acusações contra ele, negando qualquer envolvimento com o narcotráfico. Outras figuras ligadas à presidente também foram alvo de acusações, como o parlamentar Carlos Zelaya e o ex-ministro da Defesa, José Manuel Zelaya. Um vídeo de Carlos Zelaya em uma reunião com supostos narcotraficantes em 2013 foi divulgado, intensificando a crise.
A ruptura do tratado de extradição com os EUA, que possibilitou a extradição do ex-presidente Juan Orlando Hernández, acusado de tráfico de drogas e condenado a 45 anos de prisão em Nova York, também gerou controvérsias. Xiomara Castro relaciona essas acusações à deposição de Zelaya em 2009, alegando que os EUA estariam por trás do golpe.
A presidente, eleita em 2021, associa as acusações atuais com o passado político do país e reafirma seu compromisso com um governo socialista democrático. A crise política em Honduras continua a se intensificar, com acusações de interferência externa e tentativas de desestabilização do governo. A população hondurenha aguarda os desdobramentos dessa situação delicada e polarizada.