O promotor Felipe Zilberman ofereceu a denúncia acusando Natalia de homicídio qualificado por motivo torpe. A acusação menciona que a influenciadora se apresentava nas redes sociais como profissional de estética, apesar de não possuir habilitação para realizar os procedimentos. Henrique, a vítima, não foi devidamente informado sobre os riscos da aplicação do Fenol, que resultou em um edema pulmonar agudo, levando à sua morte no local da aplicação.
O inquérito concluído pelo 27º Distrito Policial de São Paulo indicou a responsabilidade da clínica onde o procedimento foi realizado, e a proprietária foi indiciada por homicídio por dolo eventual. Esse caso trágico fez com que o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) pedisse uma regulamentação e fiscalização mais rigorosa do uso de substâncias perigosas em procedimentos estéticos, restringindo sua aplicação a profissionais devidamente habilitados na área da saúde.
Em resposta a essa demanda, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda e o uso do Fenol para qualquer tipo de profissional em uma resolução publicada no dia 25 de junho. Essa medida tem como objetivo evitar que tragédias como a de Henrique se repitam, garantindo a segurança dos pacientes em procedimentos estéticos.
Portanto, o caso de Natalia Becker e Henrique da Silva Chagas serviu como alerta para a necessidade de um controle mais rígido e responsável na realização de procedimentos estéticos, visando a proteção da saúde e da vida dos pacientes.