As acusações de assédio sexual geraram uma crise no governo, com o presidente afirmando que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”. A existência das denúncias foi divulgada pelo portal “Metrópoles” e confirmada pela ONG que combate a violência sexual. Segundo relatos, os episódios teriam ocorrido no ano passado e uma das vítimas teria sido a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Apesar das acusações, Silvio Almeida nega veementemente as denúncias e se mostra disposto a se defender. O ex-ministro enviou à Justiça um pedido de interpelação judicial contra a Me Too Brasil, buscando mais detalhes sobre as acusações e o encaminhamento dado às informações.
A Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento de apuração sobre o caso e determinou que Almeida tem 10 dias para apresentar sua defesa. Além disso, a Polícia Federal anunciou a abertura de um inquérito para investigar o caso, ouvindo tanto Almeida quanto Anielle na condição de suposto autor e vítima, respectivamente.
Silvio Almeida, que estava à frente do Ministério dos Direitos Humanos desde janeiro de 2023, é reconhecido como um dos maiores especialistas em questões raciais no país. Com uma extensa carreira acadêmica e colaborações internacionais, o jurista já ocupou cargos importantes na área de direitos humanos e é autor de diversas publicações sobre o tema. A repercussão do caso evidencia a importância do combate ao assédio sexual e a necessidade de investigações rigorosas para garantir a integridade e respeito dentro do governo e da sociedade como um todo.