A capital francesa abriga aproximadamente 185 mil pessoas com deficiência, o que torna a questão da acessibilidade um tema crucial. Nos últimos anos, a prefeitura local investiu fortemente em melhorias, como a instalação de rampas de acessibilidade em pontos de ônibus e a adaptação de semáforos com módulos sonoros para auxiliar pessoas com deficiência visual.
Além disso, a cidade tem trabalhado para tornar as escolas mais acessíveis, com a meta de ter uma escola adaptada a cada 15 minutos de caminhada. O plano também inclui a acessibilidade de imóveis públicos e instalações esportivas, como a Piscina Georges Vallerey, que passou por reformas para se tornar mais inclusiva.
Segundo o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, a Paralimpíada é um evento transformador, que tem o poder de mudar a percepção da sociedade em relação às pessoas com deficiência. No entanto, apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados.
Um dos principais gargalos em Paris é o sistema metroviário, que apresenta sérias limitações de acessibilidade. A maioria das estações não possui elevadores, o que dificulta o acesso de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Apenas a linha 14 é totalmente acessível, enquanto as demais enfrentam problemas, como escadarias, portas que precisam ser abertas manualmente e desnível entre o trem e a plataforma.
Apesar das dificuldades, o Conselho Regional da Ilha da França propôs um projeto para tornar o metrô parisiense 100% acessível, embora as obras demandem tempo e investimento significativos. O exemplo de Barcelona, que se transformou em referência de acessibilidade após sediar os Jogos Paralímpicos em 1992, serve como inspiração para Paris.
Em suma, os Jogos Paralímpicos têm o poder de impulsionar mudanças positivas e duradouras nas cidades-sede, especialmente no que diz respeito à inclusão e acessibilidade. Paris, embora enfrente desafios, demonstra um compromisso em melhorar as condições para pessoas com deficiência e promover a igualdade de oportunidades.