Edmundo se refugiou na embaixada da Espanha em Caracas e, após dias de negociações, o governo venezuelano concedeu o devido salvo-conduto para sua saída do país. A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou a concessão do asilo político através de uma rede social, destacando a observância da legalidade internacional e reafirmando o respeito ao Direito por parte da Venezuela na comunidade internacional.
O asilo foi solicitado pelo próprio opositor e o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, enfatizou o compromisso do governo espanhol com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos. Edmundo deixou a Venezuela após a Justiça emitir um pedido de prisão por “risco de fuga”, devido à sua ausência em três depoimentos solicitados pelo Ministério Público do país.
María Corina Machado justificou a necessidade da saída de Edmundo do país devido aos riscos que sua vida corria. Ela denunciou intimidações, mandados de detenção e tentativas de coação por parte do regime venezuelano. O governo brasileiro, em conjunto com o governo colombiano, expressou preocupação com a situação e o pedido de prisão emitido pela Venezuela.
Enquanto isso, o Ministério Público venezuelano continua a investigar a presença de supostas atas eleitorais da oposição em uma página na internet. As autoridades locais apontam possíveis crimes envolvendo a usurpação de funções, forjamento de documentos, instigação à desobediência das leis, delitos informáticos e conspiração. O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela ratificou a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho e afirmou que mais de nove mil atas publicadas são falsas.
Essa situação evidencia a tensão política e a violação dos direitos humanos na Venezuela, com o regime de Maduro sendo alvo de críticas e acusações de perseguição política. A concessão de asilo político a Edmundo González Urrutia pela Espanha demonstra o papel dos países democráticos em proteger aqueles que são alvo de perseguição em regimes autoritários.