Em termos absolutos, o Brasil também se destaca investindo menos por aluno em comparação com a média dos países da OCDE. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o investimento médio anual por aluno nas escolas brasileiras é de US$ 3.668, equivalente a cerca de R$ 20,5 mil, enquanto a média dos países da OCDE atinge US$ 11.914, ou R$ 66,5 mil. Essa disparidade no investimento se estende ao ensino médio e superior, demonstrando uma defasagem significativa no apoio financeiro à educação no Brasil em comparação com os padrões internacionais.
Além disso, a parcela dos gastos públicos com educação em relação aos gastos totais do governo no Brasil diminuiu de 11,2% em 2015 para 10,6% em 2021. Embora esse percentual tenha diminuído, ele ainda supera a média dos países da OCDE, que se situam em torno de 10% nesse mesmo período.
Quanto aos salários dos professores, o relatório aponta que no Brasil há uma discrepância em relação à OCDE, com os educadores brasileiros recebendo menos e tendo uma carga horária de trabalho mais extensa. O salário médio anual dos professores nos anos finais do ensino fundamental no país é de US$ 23.018 ou R$ 128,4 mil, significativamente abaixo da média da OCDE, que é de US$ 43.058 ou R$ 240,2 mil. Além disso, os professores brasileiros do ensino fundamental também têm que lecionar mais horas, 800 anualmente, em comparação com a média da OCDE, que é de 706 horas por ano.
Portanto, a situação financeira e de investimento em educação no Brasil mostra uma defasagem em relação aos padrões internacionais, o que impacta não apenas nos salários dos professores, mas também na qualidade da educação oferecida aos alunos. É essencial que o país reavalie suas políticas públicas e priorize o investimento em educação para garantir um futuro melhor para as próximas gerações.