O Brasil, atual presidente do G20, comemorou o consenso em torno do texto como uma conquista histórica. A bioeconomia, conceito que envolve inovações baseadas em recursos biológicos para o desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, tem sido tema de grandes discussões, principalmente no que diz respeito à substituição de matérias-primas fósseis por alternativas menos poluentes.
Pela primeira vez, o assunto da bioeconomia foi objeto de um documento multilateralmente acordado. De acordo com a presidência brasileira do G20, a bioeconomia se baseia em ciência avançada e conhecimento tradicional de povos indígenas e comunidades locais, representando uma promessa para uma economia global mais sustentável e inclusiva.
Os “Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia” estabelecem o compromisso dos países em erradicar a fome e a pobreza, incluir povos indígenas e comunidades locais, mitigar os efeitos das mudanças climáticas, contribuir para a conservação da biodiversidade, promover padrões sustentáveis de consumo e produção, entre outros tópicos.
Uma das novidades apresentadas pela presidência brasileira foi a criação da GIB, visando estimular o compartilhamento de experiências bem-sucedidas entre os países sobre questões relacionadas à bioeconomia. O G20, composto pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, tem se consolidado como um importante fórum de diálogo e cooperação internacional.
A presidência do Brasil no G20, que iniciou em dezembro do ano anterior, encerrará com a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, passando então a presidência para a África do Sul. Durante a 4ª reunião da GIB, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, participou das discussões, enfatizando a importância da troca de experiências entre os países para o desenvolvimento da bioeconomia em suas diversas vertentes.