BRASIL – STF marca audiência de conciliação para proteger territórios de indígenas isolados no Brasil em processo relatado pelo ministro Edson Fachin.

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o dia 25 de setembro uma audiência de conciliação referente ao processo que envolve medidas para proteger territórios habitados por indígenas isolados. O caso está sendo acompanhado pelo ministro Edson Fachin. A audiência será uma oportunidade para que representantes do governo federal e dos indígenas discutam as propostas e enfrentem as dificuldades relacionadas ao cumprimento das determinações do STF, visando assegurar a sobrevivência dos indígenas isolados, como é o caso da Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, localizada no noroeste de Mato Grosso.

Em 2022, o Supremo emitiu as primeiras decisões de proteção aos indígenas isolados, impulsionadas por ações da Articulação dos Povos Indígenas (Apib). Uma das principais medidas se refere às portarias que estabelecem restrições de acesso às áreas isoladas, com a exigência de renovação periódica das normas até que o processo demarcatório seja concluído definitivamente, impedindo a entrada de terceiros, como missionários, garimpeiros e madeireiros, evitando assim a exploração ilegal do território.

Estas decisões foram tomadas após os lamentáveis assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, quando ambos buscavam contato com os indígenas da região. Além disso, o triste episódio envolvendo a morte do último membro conhecido de uma etnia não identificada, conhecido como “índio do buraco”, que era monitorado pela Funai há mais de duas décadas, também foi um dos fatores que motivaram as medidas protetivas.

Portanto, a audiência de conciliação agendada pelo STF será uma oportunidade crucial para que as partes envolvidas discutam e cheguem a um consenso sobre as medidas necessárias para garantir a segurança e a preservação dos territórios habitados por indígenas isolados no Brasil. Essas ações buscam proteger não apenas a integridade física, mas também a cultura e os modos de vida desses povos que tanto contribuem para a diversidade e riqueza do nosso país.

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