O índice ultravioleta, que varia de zero a 11, é uma medida da intensidade dos raios ultravioleta que podem causar queimaduras na pele, danos aos olhos e outros problemas de saúde. A poluição do ar é apontada como um fator que amplifica a exposição à radiação UV, uma vez que afeta a camada de ozônio e facilita a chegada de mais radiação à superfície terrestre. Nas últimas semanas, a qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo piorou, levando a capital paulista a ser considerada a cidade mais poluída do mundo.
A situação da qualidade do ar e a crise climática no estado motivaram uma reunião entre a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ocorrida no dia 13. Como medida de combate aos incêndios, o governo paulista decidiu prorrogar o fechamento de 81 unidades de conservação, ampliar o efetivo de bombeiros civis para 102 pessoas e destinar recursos para a contratação de aeronaves de combate ao fogo.
Além disso, técnicos da Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (Saes) do Ministério da Saúde estiveram na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, para elaborar planos de ação em resposta aos incêndios recentes. Recomendações estão sendo feitas para reforçar a atuação das unidades de saúde, garantir pontos de hidratação, monitorar a qualidade da água e do ar, entre outras medidas.
A população também recebe orientações para enfrentar o período de alta radiação, como aumentar a ingestão de água, procurar abrigo em locais frescos, evitar atividades ao ar livre e manter-se longe de focos de incêndio. Além de São Paulo, o governo federal está monitorando e prestando assistência a outras regiões afetadas pela seca e queimadas, com a Força Nacional do SUS prevendo visitas aos estados do Acre, Amazonas e Rondônia na próxima semana.