De acordo com a prefeitura da capital amazonense, mais de 7,7 mil famílias, totalizando aproximadamente 25 mil pessoas de 93 comunidades, serão atendidas nesta primeira fase da operação. As comunidades localizadas entre o Tarumã Mirim e o Apuaú, às margens do Rio Negro, serão as primeiras a receber os mantimentos e kits de higiene. Está prevista a distribuição de 14 mil cestas básicas, 500 mil garrafas de água de 2 litros, 39 mil litros de gasolina e 46 mil litros de diesel para essas populações afetadas pela seca.
Adicionalmente, duas unidades de Saúde da Família Fluviais (USFF) foram disponibilizadas nas bases dos rios Negro e Amazonas, visando atender às necessidades de saúde das comunidades. Além disso, existem dez unidades rurais para apoiar essas embarcações de saúde, garantindo o acesso a medicamentos e materiais essenciais durante este período de estiagem.
As escolas municipais nas áreas afetadas também já foram abastecidas com merenda escolar e água, garantindo o funcionamento até o final de setembro, quando o calendário escolar será encerrado devido à seca dos rios. As autoridades municipais afirmam que não haverá prejuízo na aprendizagem dos estudantes, uma vez que o conteúdo programático foi ministrado ao longo dos últimos meses.
A cota do rio Negro vem diminuindo rapidamente, com uma média de descida entre 25 a 27 centímetros por dia nos últimos 13 dias, de acordo com dados do Porto de Manaus. A atual cota registrada é de 16,75 metros, comparada aos 20,91 metros registrados no mesmo período do ano passado. O cenário de seca também tem impactado a temperatura na região, com previsão de calor intenso neste fim de semana, podendo atingir a marca de 39°C, igualando o recorde histórico da cidade observado em 11 de setembro.
Diante desse contexto de emergência, é fundamental a mobilização de apoio e ações para garantir o bem-estar das comunidades afetadas pela estiagem nos rios Negro e Amazonas.