A operação denominada Buzz Bomb mobilizou veículos blindados em uma tentativa de cumprir um mandado de prisão preventiva contra o líder da facção no Complexo da Penha, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. No entanto, os policiais foram recebidos a tiros e a operação foi interrompida após quatro moradores locais serem feridos por estilhaços dos disparos realizados pelos criminosos, conforme informado pela PF.
Para evitar um confronto armado de maiores proporções e visando a proteção da população, a equipe responsável pela operação decidiu suspender as ações por enquanto. A investigação teve início depois que traficantes utilizaram um drone modificado para lançar artefatos explosivos contra milicianos na comunidade Gardênia Azul, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, em 15 de fevereiro.
A PF identificou o militar da Marinha como responsável por operar o equipamento remotamente, sendo também responsável por monitorar ações policiais realizadas em áreas de atuação da quadrilha, como o Complexo da Penha. Além dos mandados de prisão, foram emitidos três mandados de busca e apreensão pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Os acusados, que já foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPRJ), responderão por crimes de organização criminosa e posse de material explosivo, cujas penas podem totalizar até 14 anos de prisão. A investigação foi conduzida pelo Grupo de Investigações Sensíveis (GISE/PF/RJ) com o suporte da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ).
O nome da operação faz referência à origem dos drones, inspirados em bombas voadoras alemãs conhecidas como Buzz Bomb, que se destacaram durante a Segunda Guerra Mundial devido ao som característico que produziam em pleno voo.
