BRASIL – Tribunal Regional Federal julgará recursos de réus acusados do assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips na Terra Indígena Vale do Javari.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), localizado em Brasília, está prestes a julgar os recursos de três réus responsáveis pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrido na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, no ano de 2022. O julgamento está marcado para esta terça-feira (17) e promete trazer luz sobre um dos crimes que chocou o país.

Os réus em questão são Amarildo da Costa de Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira, que contestam a decisão de pronúncia, datada de outubro de 2023, que determinou que eles fossem julgados pelo Tribunal do Júri. Eles estão detidos e enfrentam acusações de homicídio e ocultação de cadáver.

No fatídico dia 5 de junho de 2022, Bruno e Dom foram vítimas de uma emboscada enquanto viajavam de barco pela região do Vale do Javari, um local que abriga a segunda maior Terra Indígena do Brasil, com mais de 8,5 milhões de hectares. Após terem desaparecido enquanto se dirigiam da comunidade São Rafael para Atalaia do Norte (AM), onde participariam de reuniões com lideranças indígenas e ribeirinhas, seus corpos foram encontrados enterrados em uma área de mata fechada, cerca de 3 quilômetros da calha do Rio Itacoaí, dez dias depois.

Dom Phillips, correspondente do jornal britânico The Guardian, dedicava-se à cobertura jornalística ambiental e aos conflitos fundiários, preparando um livro sobre a Amazônia. Já Bruno Pereira, que havia ocupado uma posição na Funai e posteriormente se juntado à Univaja, recebia constantes ameaças de morte devido ao seu engajamento na defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente.

Com o julgamento iminente dos envolvidos no assassinato de Bruno e Dom, é esperado que a justiça seja feita e que esse trágico episódio tenha um desfecho digno das vítimas e de suas trajetórias de dedicação e comprometimento com as causas indígenas e ambientais. A sociedade aguarda por respostas e por um desfecho justo para esse crime que chocou o país.

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