A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), expressou sua insatisfação com a decisão do Copom em uma postagem na rede social Bluesky. Segundo ela, o aumento da taxa de juros no Brasil, enquanto os Estados Unidos estão cortando as suas, é injustificado e prejudicial para a economia. A parlamentar destacou que a medida resultará em um aumento de R$ 15 bilhões na dívida pública, desviando recursos de áreas como educação, saúde e meio ambiente para o setor financeiro.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou o aumento da Selic excessivo para o controle da inflação. A entidade afirmou que a decisão do Copom imporá restrições adicionais à atividade econômica, prejudicando o emprego e a renda, em um momento em que as economias desenvolvidas estão reduzindo suas taxas de juros.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também criticou a decisão, classificando-a como precipitada. De acordo com a entidade, o contexto atual demanda atenção, mas o risco inflacionário ainda não está claro. A Firjan ressaltou que os altos juros têm comprometido setores estratégicos, como a indústria, e impedido o aumento dos investimentos no país.
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) alertou para os impactos negativos dos juros altos sobre a atividade doméstica, enfatizando que o Brasil já possui uma das maiores taxas reais de juros do mundo. O economista-chefe da Apas, Felipe Queiroz, afirmou que a elevação da Selic dificulta o estímulo ao investimento necessário para um crescimento econômico sustentável.
As centrais sindicais também se manifestaram contra a decisão do Copom. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) criticou a política monetária restritiva do Banco Central, considerando-a prejudicial para o desenvolvimento do país. A CUT citou um estudo do Dieese, que apontou para um aumento significativo nos gastos da União com juros dos títulos públicos devido ao aumento da Selic.
A Força Sindical classificou a decisão como um “prêmio aos especuladores” e destacou que a elevação dos juros vai na contramão do desenvolvimento nacional. O presidente da entidade, Miguel Torres, alertou para os impactos negativos sobre os menos favorecidos economicamente e enfatizou que o aumento dos juros tende a desestimular o investimento e o consumo no país. Torres ressaltou a importância de uma economia forte e juros baixos para o bem-estar da população e o desenvolvimento do Brasil.