A Febre do Oropouche é transmitida principalmente pelo maruim, que após picar um indivíduo ou animal infectado, mantém o vírus em seu organismo e o transmite ao picar outra pessoa saudável. Os sintomas da doença incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia, sendo semelhantes aos da dengue. Nesse sentido, a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Waldinea Silva, destaca a importância da limpeza periódica para eliminar possíveis criadouros do mosquito, a utilização de roupas que cubram o corpo e a aplicação de repelente nas áreas expostas da pele como medidas preventivas.
Estudos científicos apontam que gestantes têm risco significativo de transmitir o vírus para os fetos, o que pode resultar em perdas gestacionais. Por isso, recomenda-se que mulheres grávidas adotem precauções extras, como a proteção das residências com telas de malha fina nas portas e janelas, além do uso de mosquiteiros nas camas.
De acordo com dados da Sesau, Alagoas registrou 115 casos de Febre do Oropouche em 2024 até o último dia 5 de setembro, com a faixa etária de 20 a 29 anos apresentando o maior número de infecções. O município com mais casos confirmados foi Palmeira dos Índios, seguido por Tanque D’Arca, Viçosa, Estrela de Alagoas, Japaratinga e Maceió.
A investigação epidemiológica dos casos é realizada por meio da metodologia de RT-PCR em tempo real, que permite identificar o vírus Oropouche. A Sesau e as Secretarias Municipais de Saúde continuam empenhadas em determinar a origem das infecções para um controle eficaz da situação, mantendo assim a população informada e protegida contra a Febre do Oropouche.