A ordem judicial para a operação foi emitida pela 2ª Vara Federal de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Durante as buscas, foram encontradas armadilhas de caça de micos, demonstrando a ação ilegal realizada pelo grupo. Em fevereiro de 2024, durante a Operação Akpé, a Polícia Federal conseguiu repatriar 17 micos-leões-dourados e 12 araras-azuis-de-lear que estavam sendo vítimas de tráfico internacional e foram localizados no Togo, país da África Ocidental.
Os animais resgatados são espécies endêmicas de áreas específicas do território brasileiro e estão em sério risco de extinção. Através de uma ação integrada entre a Polícia Federal, o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, o ICMBio, o Ibama e a Associação Mico Leão Dourado, foi possível rastrear a origem geográfica de alguns animais apreendidos, sendo que sete deles foram identificados como provenientes do Parque Natural Municipal do Mico-Leão Dourado, em Cabo Frio.
Após a prisão em flagrante do suspeito, ele será encaminhado à Delegacia de Meio Ambiente da Superintendência da PF no Rio de Janeiro para o registro do auto de prisão em flagrante e em seguida será transferido para o sistema prisional do estado, onde ficará à disposição da Justiça Federal. Uma perícia criminal federal será realizada para determinar a situação dos animais resgatados, aprofundando-se nos exames periciais com análises morfológicas, sanitárias, isotópicas e genéticas dos espécimes. O investigado responderá por diversos crimes, incluindo caça profissional, maus-tratos e tráfico ilegal de animais silvestres.