Queimadas no Norte e Centro-Oeste do Brasil: 10 cidades concentram 20,5% dos focos de incêndio e deixam rastro de destruição.

As regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil têm sido duramente atingidas por uma onda de queimadas que têm causado destruição e preocupado especialistas e autoridades. De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde o início do ano até o dia 18 de setembro, o país registrou um total de 190.943 focos de incêndio, sendo que 20,5% deles se concentraram em apenas dez cidades dessas regiões.

Entre os municípios mais afetados estão São Félix do Xingu, no Pará, com 6.474 focos de fogo, seguido por Altamira, também no Pará, com 5.250 locais de queimadas. Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e Novo Progresso, no Pará, ocupam o terceiro e quarto lugares, respectivamente, entre as cidades mais atingidas. A preocupação se intensifica ao observar que nove dessas dez cidades estão localizadas na Amazônia, reforçando a gravidade da situação na região.

O membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Beto Mesquita, alerta para a relação entre as áreas mais atingidas pelo fogo e aquelas que mais desmataram em 2023, conforme dados do sistema Prodes do Inpe. Esse cenário indica que as queimadas podem estar sendo utilizadas como um novo agente de degradação ambiental, dificultando a detecção de atividades ilegais, como a extração de madeira nobre.

Diante desse contexto, torna-se fundamental que os governos federal e estaduais adotem estratégias eficazes de combate, fiscalização e preservação ambiental para enfrentar os desafios impostos pelas queimadas. É necessário um esforço conjunto para proteger a biodiversidade, combater o desmatamento e garantir a sustentabilidade das regiões afetadas.

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