O armazenamento adequado de vacinas exige o uso de equipamentos específicos, como as câmaras frias, que possuem sistemas de controle e monitoramento de temperatura. Gatti ressaltou o desejo do PNI em ter o melhor calendário de vacinação do mundo, mas enfatizou a necessidade de prioridades e orçamento para alcançar esse objetivo. Durante sua participação na 26ª Jornada Nacional de Imunizações, realizada no Recife, o diretor destacou a complexidade do cenário atual da rede de frio brasileira.
Além da questão das geladeiras domésticas, Gatti apontou para a instabilidade energética enfrentada por alguns municípios brasileiros, ressaltando a importância de contar com câmaras frias que possuam baterias para fornecer energia de backup em casos de apagões. O diretor do PNI também mencionou um levantamento realizado em 2023 que identificou a necessidade de um grande investimento na rede de frio em todo o país.
Como parte dos esforços para melhorar a situação, o Ministério da Saúde colocou em consulta pública uma proposta de portaria que visa padronizar as centrais da rede de frio no Brasil. Essa proposta inclui cinco modelos de planta, levando em consideração fatores como a população do município e a demanda de armazenamento de vacinas. A consulta pública visa receber contribuições da sociedade e de setores especializados até o dia 30 de setembro.
Os desafios relacionados ao suprimento e armazenamento de vacinas no Brasil exigem medidas concretas para garantir a eficácia e disponibilidade dos imunizantes. A atuação do PNI e a participação da sociedade são fundamentais para superar esses obstáculos e promover a saúde pública no país.