Lucas Santos, que trabalha como motociclista por aplicativo e entregador autônomo, participou do protesto e criticou a aplicação das multas. Segundo ele, a punição é injusta e desnecessária, além de prejudicar financeiramente os profissionais envolvidos. Santos relata que um grupo no WhatsApp com 22 pessoas já recebeu multas semelhantes e acredita que existam outros casos não registrados.
A reação dos motociclistas veio após um incidente na BR-104, onde uma viatura do DMTT derrubou uma motociclista durante a escolta de uma ministra portuguesa. O vídeo do ocorrido circulou nas redes sociais e gerou revolta entre a categoria. Em resposta, os motociclistas organizaram um protesto em frente à sede do órgão de trânsito, resultando em confronto com os agentes e uso de spray de pimenta.
O DMTT, por sua vez, justificou que as multas aplicadas estão de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). De acordo com o órgão, interromper a circulação viária sem autorização configura uma infração gravíssima, sujeita a multa e suspensão do direito de dirigir. O valor elevado da penalidade é justificado pela gravidade do impacto social causado por tais atos, que prejudicam a mobilidade urbana e serviços essenciais.
Em resposta, o DMTT se colocou aberto ao diálogo e ressaltou a importância de não prejudicar o direito de ir e vir da população em manifestações. O órgão enfatizou a necessidade de buscar entendimento e prestar o melhor serviço público, evitando medidas extremas que comprometam a ordem e segurança viária.