Uma dessas iniciativas é a criação de próteses ortopédicas feitas com nióbio, titânio e zircônio, que proporcionam mais conforto aos pacientes e são mais compatíveis com o corpo humano em comparação às próteses de alumínio. Além disso, essas próteses são mais resistentes e resolvem problemas constantes de adequação.
Outro exemplo inovador é o batom inteligente, uma máquina projetada para facilitar o uso do cosmético por pessoas com deficiência visual ou dificuldades nos membros superiores. Basta aproximar o rosto da máquina, que ela aplica automaticamente o batom, com um display inteligente que emite sinais sonoros para guiar o processo.
Destaca-se também o Notebraille, desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal do Ceará, um bloco de notas em braille que permite que pessoas com deficiência visual escrevam textos em braile em celulares e computadores. Essa ferramenta pode ser utilizada na alfabetização de cegos, no ensino regular e no ambiente de trabalho.
Todas essas iniciativas contam com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Para o presidente da Embrapii, Álvaro Prata, investir em tecnologia inclusiva é fundamental para permitir que as pessoas com deficiência superem suas limitações e vivam uma vida sem restrições.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o Brasil possui cerca de 18,5 milhões de pessoas com deficiência, o que representa aproximadamente 9% da população do país. A importância de promover a inclusão e acessibilidade para esse público é fundamental para construir uma sociedade mais justa e igualitária.