Na última terça-feira (17), o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Cozendey, antecipou os assuntos prioritários que estarão presentes no discurso do presidente Lula. “Podemos esperar que eles sigam um pouco a agenda que o Brasil propôs para o G20, ou seja, que falem de inclusão, combate à fome, transição energética e reforma da governança global”, afirmou Cozendey.
A Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos principais órgãos da ONU, reunindo os 193 estados-membros da organização, sendo que cada nação possui direito a um voto. Para o Brasil, a abertura do Debate Geral da AGNU proporciona a oportunidade de apresentar as prioridades do país, tanto no âmbito interno quanto internacional.
A 79ª AGNU terá a presidência do embaixador Philémon Yang, de Camarões, que conduzirá os trabalhos da Assembleia até setembro de 2025. É esperada a presença de chefes de Estado e de governo, o que cria uma oportunidade única para fortalecer relações e diálogos entre os líderes mundiais.
Antes do discurso na Assembleia Geral, Lula participará da abertura da Cúpula do Futuro, marcada para este domingo (22). Ele será o segundo a discursar no evento de dois dias, que reunirá líderes mundiais para discutir maneiras de enfrentar crises emergentes, acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e abordar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais.
Como resultado da Cúpula do Futuro, espera-se a elaboração do documento Pacto para o Futuro, negociado entre os estados-membros para reforçar a cooperação global e estabelecer compromissos para uma melhor adaptação aos desafios atuais, visando ao futuro do multilateralismo renovado e eficaz em benefício das gerações futuras.