Abed Afou, residente de Yater, uma das vilas fortemente atingidas pelos bombardeios, relatou a situação aterrorizante que obrigou sua família a fugir. Com explosões atingindo casas residenciais, Afou decidiu partir levando apenas os documentos importantes. As ligações telefônicas pré-gravadas, supostamente em nome das Forças Armadas de Israel, instruíam as pessoas a deixarem suas casas.
Mais de 270 pessoas já foram mortas no Líbano devido aos ataques, tornando este o dia mais mortal desde o fim da guerra civil em 1990. Israel reivindica ter atingido aproximadamente 800 alvos ligados ao grupo Hezbollah, alegando que os edifícios atingidos continham armas do grupo militante.
Enquanto as famílias fogem em direção a Beirute, os relatos de destruição e pavor são constantes. Abu Hassan Kahoul descreve a intensidade dos bombardeios como algo nunca antes visto, com prédios sendo destruídos perto de onde vivia. O medo nos olhos das crianças é evidente, enquanto os pais correm para protegê-las e retirá-las das escolas, diante dos alertas de novos ataques.
A incerteza do futuro paira sobre essas famílias em fuga, que buscam segurança em meio ao caos da guerra. Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação o aumento da violência e a escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah, temendo as consequências desastrosas que esses confrontos podem acarretar para a região do sul do Líbano.
