BRASIL – Gastos com Previdência e BPC se estabilizam, fortalecendo expectativas de meta fiscal zero em 2024, diz ministro da Fazenda.

As últimas movimentações nas contas da Previdência Social e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) indicam um cenário de estabilização nos gastos do governo, o que pode contribuir para o alcance da meta de déficit fiscal zero em 2024. A informação foi divulgada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião realizada ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes de agências de classificação de risco em Nova York.

Haddad destacou que, após um período de preocupação com o crescimento dos gastos com Previdência e BPC, os últimos relatórios apontam para uma maior estabilidade nesses valores. Além disso, o ministro ressaltou que as medidas adotadas pelo Senado contribuíram para atenuar a questão da reoneração da folha, equilibrando a questão da receita.

O relatório mais recente, divulgado na última sexta-feira e detalhado nesta segunda-feira, liberou R$ 1,7 bilhão em verbas, principalmente provenientes de fontes de receitas extraordinárias. Haddad enfatizou que o governo tem mantido os gastos estáveis em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), seguindo as diretrizes estabelecidas.

Durante a reunião, Haddad defendeu a posição do Brasil de receber o grau de investimento das agências de classificação de risco, garantindo ao país o status de bom pagador e demonstrando que não há riscos de calote na dívida pública. O ministro ressaltou que o Brasil é um credor internacional e atrai investimentos significativos, sendo uma das maiores economias do mundo.

Quanto à inflação, Haddad apontou que a taxa continuará a cair nos próximos anos, seguida por uma redução dos juros. O ministro ressaltou que a queda da inflação nos últimos anos foi expressiva e atribuiu parte desse desempenho à redução de impostos sobre os combustíveis em 2022.

Nesta terça-feira, Lula fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, reforçando o posicionamento do Brasil frente aos desafios econômicos e buscando fortalecer as relações com investidores internacionais. O encontro com representantes das agências de classificação de risco reforça o compromisso do governo em manter a estabilidade fiscal e atrair novos investimentos para o país.

Sair da versão mobile