As promotoras pleitearam ao ministro a dispensa de prestar depoimento, alegando impedimento por parte da legislação penal. Elas tiveram papel fundamental nas investigações iniciais do caso Marielle, antes de o mesmo ser encaminhado para a Polícia Federal. Após análise da argumentação apresentada, Moraes concordou com as justificativas das promotoras e negou a intimação para depoimento.
A ação penal referente ao caso Marielle encontra-se na fase de depoimentos das testemunhas arroladas pela defesa dos réus, processo que está previsto para se estender até o final deste mês, com aproximadamente 70 testemunhas listadas. Somente após a conclusão das oitivas das testemunhas, os réus irão prestar depoimento.
Durante a primeira etapa de depoimentos no mês passado, foram ouvidas as testemunhas de acusação indicadas pela Procuradoria-Geral da República. Destacam-se os relatos dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, que confessaram participação no assassinato.
No processo, os réus incluem o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho Brazão, deputado federal, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos eles respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa, encontrando-se detidos. As investigações do caso continuam em andamento, e novos desdobramentos podem surgir nos próximos dias.