BRASIL – Ministra do STJ pede melhoria nas relações de gênero no Judiciário após episódio de constrangimento em sessão

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Regina Helena Costa, causou bastante repercussão ao defender a melhoria das relações entre homens e mulheres nos espaços de trabalho do Poder Judiciário. Durante a sessão da Primeira Turma do STJ, a ministra comentou um episódio de constrangimento envolvendo o ministro Gurgel de Faria, que se retirou da sessão após Regina Helena iniciar a leitura de seu voto em um dos casos julgados pelo colegiado.

O fato gerou manifestações de apoio de diversos ministros, entidades e coletivos femininos. A ministra fez um apelo enfático para que haja uma melhoria nas relações entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, especialmente no Poder Judiciário, que é majoritariamente masculino. Ela ressaltou a importância de aprender com situações como essa para evitar que se repitam no futuro.

Durante a sessão em questão, a ministra Regina Helena foi interrompida por Gurgel de Faria, que questionou se ela continuaria lendo seu voto mesmo após o pedido de vista feito pelo presidente da turma. A situação ficou ainda mais tensa quando o ministro insistiu para que a ministra lesse apenas a ementa do voto, argumentando que o conteúdo já estava disponível no sistema. Diante da insistência do ministro, Regina Helena afirmou que estava apresentando seu voto para o público presente na sessão.

Após a divulgação do vídeo do episódio pela imprensa, Gurgel de Faria emitiu uma nota de desculpas à ministra, reconhecendo que sua forma de abordagem foi equivocada. O ministro lamentou o ocorrido e retornou à sessão em poucos minutos após se ausentar.

A repercussão do episódio evidenciou a importância da promoção de relações saudáveis e respeitosas entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, especialmente em instituições como o Poder Judiciário. A atitude da ministra Regina Helena em abordar o tema de forma pública e incisiva reforça a necessidade de conscientização e mudanças na cultura organizacional para garantir igualdade e respeito mútuo entre os gêneros no meio jurídico.

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