O BC ressaltou que as altas no consumo das famílias e nos investimentos, além do desempenho positivo de setores mais cíclicos da economia, já vinham sendo observados nos trimestres anteriores deste ano. O crescimento do PIB no segundo trimestre de 2024 também foi destacado no relatório como surpreendentemente positivo. A autoridade monetária afirmou que a atividade econômica no Brasil continua dinâmica, o que levou a uma revisão para cima das projeções de crescimento para o ano.
A expansão “robusta” da economia no segundo trimestre de 2024 foi apontada como um dos fatores que contribuíram para o índice positivo. O crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior superou as expectativas, demonstrando um cenário mais otimista do que o previsto anteriormente.
No entanto, o relatório também trouxe preocupações em relação à inflação. A expectativa de inflação para o ano registrou uma alta, passando de 3,96% para 4,31%. O aumento foi atribuído ao impacto da crise climática, que encareceu produtos agrícolas e bens industriais. A seca em várias regiões do país foi apontada como um dos principais fatores que devem manter a pressão inflacionária.
Além disso, as dificuldades impostas à produção agrícola devido à seca e ao calor contribuem para o aumento das tarifas de energia, o que também impacta na inflação. As chuvas abaixo do padrão e as temperaturas elevadas ameaçam as tarifas de energia, podendo resultar em novos aumentos de preços. Esses desafios climáticos representam uma preocupação para o cenário econômico do país, que precisa lidar com essas adversidades para manter o crescimento e a estabilidade financeira.