Em 2024, não houve um único mês em que a entrada de água no sistema Cantareira ficasse acima da média histórica, sendo que em secas passadas, como as de 1953-54 e 2014-2015, o mês de setembro registrou maior afluência de água. A seca na região tem levado a um bombeamento constante da Bacia do Rio Paraíba do Sul, com uma média acima de 7 metros cúbicos por segundo desde junho.
A média de chuvas em setembro nos mananciais que abastecem a capital paulista ficou abaixo do esperado, com apenas 114 mm em relação aos 637,2 mm previstos. Comparativamente, em 2014, quando o sistema contava com seis reservatórios, choveu 569,1 mm para uma expectativa de 547,4 mm. Já em 2022, com 42,7% de volume operacional disponível nos mananciais no final de setembro, a precipitação foi de 500,4 mm.
De acordo com a ANA, a região já atravessou 66% do período seco previsto para este ano. A preocupação com o abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo se acentua diante do baixo nível dos reservatórios e da falta de chuvas suficientes para recompor os mananciais, requerendo ações de conscientização e preservação dos recursos hídricos.
