BRASIL – Preocupação com enfermidades cardíacas cresce entre paulistanos, revela pesquisa do Dia Mundial do Coração.

No Dia Mundial do Coração, uma pesquisa divulgada pela empresa Nexus revelou que as doenças cardíacas estão entre as maiores preocupações dos paulistanos, ficando atrás apenas do câncer e da diabetes. O estudo, intitulado “O Coração do Paulistano”, apontou que 46% dos entrevistados nunca realizaram exames preventivos com um cardiologista, sendo que os jovens entre 16 e 24 anos são os que menos buscam esse tipo de cuidado, com um índice de 68%.

Os números também mostram que a preocupação com as doenças do coração não se traduz necessariamente em ações de prevenção. Mesmo com o alto índice de preocupação, uma parcela significativa da população paulistana não realiza consultas regulares com cardiologistas. O estudo revela que os níveis de renda impactam diretamente no acesso aos cuidados com o coração, com 56% das pessoas que ganham até um salário mínimo nunca tendo consultado um especialista.

Um dos casos exemplificados na pesquisa é o do aposentado José Carlos Mazzali, de 74 anos, que sofreu dois infartos. Antes dos episódios, ele nunca havia consultado um cardiologista. Atualmente, ele realiza tratamento periódico no Instituto do Coração (Incor) e destaca a importância dos exames e consultas regulares para prevenir problemas mais sérios.

A médica cardiologista Fernanda Weiler ressalta a importância das consultas regulares a partir dos 40 anos, principalmente para aqueles que possuem histórico familiar de problemas cardíacos, colesterol alto ou pressão arterial elevada. Ela alerta para o fato de que as doenças cardiovasculares são silenciosas e muitas vezes só apresentam sintomas em estágios avançados.

A pesquisa foi realizada com 2.030 moradores de São Paulo, com idade a partir dos 16 anos, e revelou a necessidade de conscientização e ações mais efetivas em relação à prevenção de doenças do coração. A falta de tempo e o medo do diagnóstico são alguns dos fatores que impedem as pessoas de procurarem regularmente a ajuda de um cardiologista, o que reforça a importância de campanhas educativas e do fortalecimento dos cuidados com a saúde cardiovascular.

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